Estrada que vai da Malveira de Serra, em direcção ao Cabo da Roca.
Ao fundo vêm-se a Praia do Guincho e o Cabo Raso.
Quando falta um mês para o Geo-Raid de S. Pedro do Sul, cumprimos hoje mais um treino de estrada em BTT, no qual rumámos mais uma vez a Sintra. Quando digo cumprimos, refiro-me a mim e ao JC, já que os restantes “associados”, dado o baixo nível de forma e de motivação, estão mais vocacionados para voltinhas de cariz fotográfico (especialmente fotos a cascatas) e de down-hill (tipo trilho do burro). Mesmo os possíveis interessados nestas voltas mais puxadas (Nuno e Rui), declinaram amavelmente o convite, o primeiro porque ia pedalar para outra freguesia e o segundo porque continua atacado por uma crise de ronha, agravada por uma ginasite aguda, que não lhe têm dado descanso nos últimos meses.
O resto das saídas da semana, foram as do costume. Terça lá fui sozinho, de SS, chafurdar na lama para o Estádio, que diga-se, está cada vez com mais água/lama e com árvores caídas nos trilhos. Quinta, juntamente com o Jorge e com o Nuno, fomos fazer a "via-sacra" das subidas de Sintra. O Jorge, que estava ainda a recuperar da Maratona de Barcelona, arrancou comigo a pedalar de casa. Já o Nuno, possivelmente ainda traumatizado com a má experiência de há duas semanas, resolveu arrancar do Linhó.
O objectivo para hoje era devorar quilómetros a um ritmo estabilizado, vivo e sem paragens. E foi o que fizemos, tendo percorrido 91 km, em 4h19’, com uma média de 20,8 e um acumulado de subidas de 1592 m.
O dia foi de sol, embora o ventinho fresco de leste que se fez sentir, por vezes tenha dificultado e arrefecido as coisas.
Encontrámo-nos em local neutro (Fábrica da Pólvora de Barcarena). O primeiro troço, com tendência de descida, levou-nos por Barcarena, Murganhal, Laveiras e Caxias, onde entrámos na marginal, na qual rolámos a bom ritmo até Cascais.
Ultrapassada Cascais, com passagem pela praia dos pescadores e pela Boca do Inferno, seguiu-se a estrada até ao Guincho. Para variar, mal nos aproximámos do Cabo Raso, começámos a apanhar o belo do vento de frente e a ter de puxar mais pelo cabedal.
Ainda não refeitos do esforço suplementar provocado pela ventania do Guincho, junto ao desvio para o Abano, começa um dos mais difíceis (mas também mais bonitos) troços desta volta. São cerca de 11,5 km, inicialmente mais suaves (mas ventosos) e, na parte final, mais inclinados, com cerca de 440 m de acumulado, nos quais vamos subir, durante 40 minutos, até à Peninha, passando pela Malveira de Serra e pela estrada do Cabo da Roca.
Seguiu-se a longa e fria (o vento não dava tréguas) descida até Colares, na qual passamos pelo cruzamento dos Capuchos e pelo Pé da Serra.
Novamente quase ao nível do mar, na estrada Nova da Rainha, havia agora que reaquecer as pernas e ganhar ritmo para a segunda grande dificuldade do dia. Outra subidona, com uma curta descida a meio, com 9,5 km e 420 m de acumulado, que, passando pela Eugaria, Monserrate, Seteais, Regaleira, Rampa da Pena e Castelo dos Mouros, terminava no Palácio da Pena. Mais um belo troço, onde o verde, a vegetação exuberante, as belas paisagens e as construções históricas imperam.
Curta, mas inclinada, foi a descida até S. Pedro, onde decorria a sua tradicional feira e onde um de nós se lembrou de sugerir que ainda subíssemos a Santa Eufémia. E foi o que fizemos. Mas a subida toda, desde o largo da feira.
Nova descida, desta vez até ao Linhó, e começamos a regressar a casa. Autódromo, Manique, Varge Mondar, Cacém, S. Marcos e casa. Como não podia deixar de ser, o vento soprou sempre de frente.
Esta volta, para além de constituir um excelente treino, no qual podemos rolar, mas também subir um bom bocado, tem ainda a vantagem de se revelar bastante turística. Passa por algumas das mais belas paisagens do Parque Natural Sintra/Cascais e por algumas das construções mais características da Serra de Sintra. É o que se chama juntar o útil ao agradável.
A título de curiosidade, assinale-se que a minha bela e fiel BTT (inicialmente Airborne Lancaster e actualmente Van-Nicholas Zion), montada em Abril de 2004, atingiu hoje a bonita marca de 30044 km. Atingiu, é forma de expressão, pois de origem já só tem os extensores do guiador, os travões, o prato pedaleiro grande e o crenque direito. Tudo o resto, partiu-se ou gastou-se e teve de ser substituído. Venham mais 30000.
PM
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. Novas Camisolas num dia d...
. 10.000 km em Single-Speed...
. Moinhos da Raimonda - 05-...
. Arruda/Montejunto - 26-01...
. Malveira/Arruda/Sobral - ...
. Malveira/Santa Cruz - 13-...